Total de visualizações de página

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Extinção avista no Brasil

Não se trata de cultura de um povo, de política partidária, de represarias com interesses próprios ou de ONGs kamikazes. Estamos falando de EXTINÇÃO.

Há quarenta anos atrás, não encontrávamos na natureza o Cúrio (Oryzoborus angolenses) nem o Bicudo (Oryzoborus maximilini). Somente com muito trabalho, empenho e perseverança, criadores “amadores ou não”, conseguiram perpetuar essas e outras espécies em cativeiro. E hoje ,não se encontram mais com status de em processo de extinção.

Que ironia, Heróis, sendo tratados como MARGINAIS. É, por essas e outras, que, para os países ricos, somos, com todo o respeito aos irmãos índios, chamados de TUPINIQUINS.

Enquanto os desenvolvidos incentivam a preservação e a continuidade das espécies de sua fauna, aqui no BRASIL o IBAMA, estranhamente reprime a criação, o estudo e o manejo, a ponto de não permitir a reprodução de mais de 3.000.000 (três milhões) de aves em cativeiro, no período de 02 (dois) anos, 2009 e 2010. O que com certeza seria um Bach na atuação dos verdadeiros marginais os TRAFICANTES. Aqueles que tiram da natureza para vender e não, quem cria,preserva e inibe a captura de pássaros e animais silvestres, dando à sociedade a oportunidade de adquirir aves de procedência genética e legalizada. Sem contar que, sempre deixamos reservado a disposição do IBAMA um percentual de nosso plantel, para uma possível soltura em habitats destinados para tal fim.

Não com intuito de denuncia, mas, só para ilustrar, lembramos que as denominadas ‘”Áreas de soltura”, é uma iniciativa privada e não dos Órgãos Governamentais, os mantenedores e patriarcas, arcam com todos os ônus e custos, inclusive estruturais, alimentação, readaptação e reintrodução, sem a mínima ajuda. Fazem por amor e respeito à natureza.

Infelizmente os habitats naturais estão sendo dizimados pelos capitalistas, pecuaristas e agricultores, que promovem desmatamentos e queimadas para a plantação, criação de pastos e empreendimentos. Sem falar nos extermínios em massa dos animais. Tudo isso aos olhos do nosso órgão regulador, parece ser normal.

Quem não acredita é só procurar propriedades destinadas às grades plantações, em especial nos horários de 05: h00 as 07: h00 e encontrar empregados empurrando carrinhos, repletos de pequenos seres inofensivos mortos. Os coitados ao procurar as plantações para se alimentar, caem intoxicados pelos produtos químicos usados nas lavouras. Sobre essa cruel matança da fauna, não se houve falar NADA. Isso sim é CRIME e desrespeito aos seres indefesos.

Onde estão as ONGs, onde estão os chamados defensores da natureza. Tudo é muito bonito no papel,assim como essa IN 15, cheia de irregularidades e ilegalidades, ferindo inclusive princípios constitucionais e que aos olhos dos ativistas e leigos seria a solução para a libertação do Pais de uma cultura secular. Porém, quem libertará a fauna da famigerada EXTINÇÃO.

Não obstante, o que farão os trabalhadores, que tiram o sustento de suas famílias desta tão nobre atividade; as fabricas de sementes, rações, gaiolas, pets, capas e muitos outros?.

O que falaremos aos nossos netos, quando tiverem que pesquisar na internet ou em livros empoeirados esquecidos nas estantes ,que ave foi um Cúrio?.

Não vamos desistir de criar e preservar, mesmo que tentem nos obrigar!



Ricardo Dutra criador e preservacionista á 33 anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário